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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Um novo começo

Por que tudo o que é novo é tão difícil? Estou há meses pensando e repensando sobre o que escrever na estréia do meu primeiro Post. Queria sim, iniciar em grande estilo, mas digamos que estilo é algo peculiar. De que adianta vestir uma roupa de gala? Isso poderia ajudar a aumentar a auto-estima, porém expor opiniões após três anos na geladeira necessita de um pouco de óleo para amolecer a inspiração enferrujada. Não adianta protelar, mais cedo ou mais tarde, precisamos iniciar alguma coisa nova. O importante é começar, o resto vem com o tempo.
Já criei muitos pseudônimos, Green Fairy era um deles. Desta vez, escolhi: Dona das Horas. Motivo? A vida é uma verdadeira história e Um diário no tempo, servirá como uma ferramenta para daqui alguns anos, eu relembrar o que eu fazia dessas horas que disponho dos meus vinte e poucos anos.

Para compartilhar um pouco da dificuldade de iniciar algo novo, não poderia deixar de falar sobre minha carreira.

Confesso que no auge dos meus dezoito anos, não tinha maturidade o suficiente para fazer uma escolha tão importante. Fazer uma escolha definitiva que compromete o futuro causa muita insegurança e eu me via ali, dentro de opções completamente distintas: Jornalismo, Psicologia ou Ciências da computação.

Escrever sempre foi um Hobby, na época do vestibular jurava que um dia eu me tornaria uma grande jornalista, sou muito curiosa e adoro pesquisar sobre novos assuntos e ler o que nunca ninguém ouviu falar, sem contar a facilidade em expor sentimentos, pensamentos e opiniões através de palavras. Admiro pessoas que nascem com uma determinada vocação, eu particularmente acredito que não nasci com nenhuma específica. Apesar da facilidade com as palavras, acredito que a vida de um verdadeiro jornalista, requer muito mais do pouco que possuo, sem contar que é um mercado complicado para o ingresso.

Parti para opção de Psicologia, até me dar conta que eu passava por um momento de fortes transformações e apesar da vontade de querer mudar o mundo, ajudar o próximo, acabar com a corrupção, com o crime e com as injustiças que vemos acontecer, eu era apenas uma. Uma adolescente tentando me descobrir, me conhecer e antes de nos encontrarmos, é praticamente impossível ajudar o próximo, me contentei em mudar minhas próprias atitudes e fazer a minha parte para colaborar com aquilo que estava fora do meu alcance.

Por não restar opções, fiz quase dois anos de ciências da computação, para descobrir que lógica de programação é uma das poucas lógicas que os meus neurônios são capazes de assimilar. Pensar em dinheiro, status, não me dava o mínimo tesão. No meio das incertezas, nada melhor do que agregar cada habilidade e experiência adquirida e adotar o curso de Administração, que dá ênfase para tudo aquilo que você ainda desconhece.

Embora tantas mudanças tenham ocorrido, tornei-me Analista de Crédito e posso dizer que hoje consigo utilizar um pouco de todo esse período de indecisão relacionado à minha carreira, tendo uma visão distinta, enxergando pontos que talvez se eu sempre me centrasse apenas em um único objetivo eu não o veria.

Assim como a carreira, todo o início nos gera insegurança, apesar de tudo nos parecer simples a olho nú, a partir do momento que colocamos nossos objetivos em prática, nada consegue ser executado exatamente como planejamos. A lei de Murphy parece nos perseguir e para conseguir se chegar a um objetivo, além do desejo, é preciso muita garra, persistência e acima de tudo, não perder as esperanças. Para tudo na vida, existem obstáculos e é necessário percebermos, aceitarmos, refletirmos e agirmos baseados em nossos sonhos. Sonhar é uma das poucas coisas nessa vida que o governo não nos cobra impostos. Por isso aproveito muito este argumento para poder buscar àquilo que acredito. Agora vou me dividir com um mundo de pessoas, espero que valha a pena. E espero ver um monte de gente visitando isso aqui para me oferecer mais motivos para pensar no mundo e nas coisas.

4 comentários:

Unknown disse...

Boa noite Dona das Horas...

Sinto-me honrado em ser o primeiro a comentar.

Li e realmente concordo com td o que vc flw, acredito que mtas pessoas passam pelo que vc j� passou, pensou e vivenciou qdo tinha seus 18anos.

Mas tbm pude ver vc em um outro angulo que at� ent�o n�o havia pensando... estarei acompanhando os seus post e sempre opinando e comentando algo que possa agregar.

um bjo

Unknown disse...

Parabéns Dennyse pela divulgação do mais novo blog.
Realmente, essa vida é cheia de obstáculos que envolvem pessoas, espaço e sentimentos. Cada momento um destino para outro destino, e dentre os seus destinos conheci uma pessoa maravilhosa, cheia de vitalidade transmitida em um só olhar de menina que no fundo deseja amor, admiração e pureza.
Minha grande amiga, desejo sucesso sempre por onde estiver.
Que Deus sempre a proteja sempre e sempre.

Um grande beijo e saudades!

Anônimo disse...

putz... como é bom ler tudo isso... não tem som de jogo na tv, nem da música no media player... só o vácuo... não, vc não é uma Assis, mto menos parente distante do Machado... é bom ler isso pq é um texto mto bem escrito e não é um romance... é história real... burro de quem passa tanto tempo perto e não percebe o quanto pode aprender, ou se divertir...

ah tá... é sobre o blog, né?? sim, tá legal... mto legal...

claro que tá legal, idiota...

bjs

Anônimo disse...

Surfista Sandicista

Um louco aos poucos, carente, rouco, não sei bem! "DONA DAS HORAS" dos "TEMPO". um dia pensei que as pessoas não eram mais as mesmas, que a vida tinha outra cor, um dia passou, outro passou, dias passaram, então, entendi que realmente a vida tinha outra cor, mas um tom cinzento, um tom apático.
Aprendi que os ensaios são sempre curtos, intensos, e que na maioria das vezes tristes.
Lembrei-me de algo antigo:
1.Qualquer experiência que nos tortura a alma traz a oportunidade de crescermos com ela.
2.A maior parte dos trasntornos desta vida está dentro de nós mesmos, felizmente a solução para eles também está ali.

Não navego nas ondas desta mar, nem olho as estrelas deste céu, pois é na terra que o surfista sandinista se entrega. Entre o mar e céu. Aqui a vida urge. Então apresso o passo, surfo, não quero mais romper as ondas, procuro um belo mar de calmaria.

Sandice de um belo homem eloquente.

Sandro Moraro