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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Expectativas

Procurando a inspiração, lembrei-me de engenheiros do hawai: "Com um vinho barato, um cigarro no cinzeiro e uma cara embriagada, no espelho do banheiro".

Em 2010 haverão mudanças no layout da Aymoré. Com a integração, muita coisa boa acontecerá. Estou há três anos neste ramo e mesmo recebendo a promessa de promoção para 2010, sinto que não tenho mais desafios. Adoro a área de crédito, porém o ramo automobilístico não possuí mais mistérios. De que adianta mais dinheiro no bolso, sem desafios? Meu gerente me pediu para esperar até o fim do ano, assim o farei por solidariedade. Andei lendo sobre o mercado imobiliário, dizem que o Santander irá investir forte nesta área. Quem sabe?
 
Não entendo o motivo do ser humano criar tantas expectativas. Não entendo o porquê eu ainda as crio. Pode ser que minha farmácia de pensamentos seja minha arquiinimiga, pode ser que Freud explique.

Independente do que seja, necessito conviver com esse sentimento avassalador que corrompe a alma e qualquer neurônio que constituí uma farmácia chamada pensamentos. Preciso aprender a ter paciência, preciso driblar um sentimento chamado ansiedade, quero viver o hoje, sem esperar tanto por 2010.
Seria ótimo pensar com o coração e sentir com a cabeça. Pretendo um dia chegar lá!

domingo, 5 de abril de 2009

O medo de amar

Estava relendo os posts anteriores e refletindo sobre os capítulos da minha vida. Achei graça ao perceber que cada post relata o aprendizado após cada fase turbulenta em que enfrentei nos últimos anos. Escrever é legal, mas nem sempre encontramos inspiração para redigir, isso porquê quando vivemos uma situação, dedicamos tanto tempo pensando em uma solução que os pensamentos tornam-se uma farmácia de inspirações confusas que não nos permitem a exploração do verdadeiro significado do momento.

A pérola nasce do sofrimento da ostra e como diria Schopenhauer, o ser humano não saberia viver sem o sofrimento. Se tudo fosse como quiséssemos seríamos suicidas devido ao tédio do marasmo. O que não consigo entender é como tantas pessoas conseguem mergulhar no seu sofrimento se fechando para o mundo, mergulhado nas revoltas íntimas, não fazendo nada para superar seus tramas e da mesma forma não permitindo com que ninguém auxilie nem que seja como uma válvula de escape.

Não, eu não quero ser uma válvula de escape. Não sou a dona da verdade e nem sempre minhas atitudes são as mais corretas, mas gostaria muito que assim como eu, o mundo fosse mais corajoso e menos covarde. Primeiramente precisamos escutar nossos sentimentos, identificar quais fatores determinam a nossa dependência de situações e de pessoas. Só assim saberemos o que realmente queremos da vida.

Dinheiro, status, ascensão profissional, literalmente fazem-nos felizes. Mas isso por si só, não basta. Precisamos estar bem resolvidos em todos os aspectos e obviamente precisamos estar resolvidos com o nosso coração. Livre de amarras, livre de bloqueios, enfim livre para a vida. O problema é que estamos tão acostumados com as desilusões que generalizamos os envolvimentos. Aos poucos, damos um destaque acentuado aos deslizes e quedas da vida amorosa e isso somente agrava o estado de amargura da nossa alma.

Desenvolvendo o que já disse em relatos anteriores, as pessoas têm a terrível mania de tentar obter segurança nos envolvimentos. As pessoas entram em uma relação se protegendo, pensando se deve ou não ligar. Será que é difícil entender que esse detalhe não faz diferença? Por que não passam a serem parceiros, ao invés de ficar computando quem fez mais ou quem fez menos? Se durar um mês, durou. Pelo menos houve autenticidade e entrega. Segurança completa não existe. Por mais certeza que temos que a relação irá perdurar, vamos sempre nos magoar.

Desculpe estragar as ilusões daqueles que acham o contrário, mas... Somos seres-humanos, somos imperfeitos, vivemos na erraticidade a fim de evoluir com os nossos tropeços, mas se o seu relacionamento não foi como esperava, não se isole, não se bloqueie, não pense que não deu certo. Deu certo, deu certo enquanto durou. Parafraseando Arnaldo Jabor, deu certo durante três, quatro ou vinte anos que você viveu com aquela criatura. "Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Na vida e no amor, não temos garantias."

Costumo dizer que em tudo na vida estamos na probabilidade dos 50%. Se não temos medo de tomar tantas outras decisões importantes, por que não arriscar por um amor? Desconfio que fomos educados a manter o outro pensando como nós, escolhendo nossas escolhas e agindo em conformidade com a nossa avaliação de certo e errado. É mais cômodo se ajustar a muitos julgamentos do que acreditar nos ideias pessoais e nos nossos sentimentos. Sofremos o receio da rejeição e quer saber o que acho? Não tenho medo de levar um não. Se eu for rejeitada, talvez seja Deus rejeitando esta pessoa para a minha vida.

Por mais receio que sinto de relacionamentos, não perco a intenção de me arriscar, de apostar minhas fichas e quem sabe um dia ser premiada com o verdadeiro amor? Ele existe, eu sei que existe e um dia eu hei de encontrar.